A TROPA DO BALACO BACO – EQUIPE TEATRAL DE ARCOVERDE surge em 2007 da junção de dois núcleos de produção teatral da cidade de Arcoverde, no sertão pernambucano, que ante a necessidade de dar visibilidade as suas ações, uniram forças e lançaram-se à empreitada de garantir uma ação mais contundente que denotasse a qualidade e compromisso ético-estético que sempre permearam o fazer teatral em suas trajetórias distintas.
A ETEARC – Equipe Teatral de Arcoverde, criada na década de 70, é o grupo mais longevo e ainda em atividade da cidade e tem em seu currículo além da montagem de espetáculos, realização de oficinas, seminários, participação em festivais e mostras regionais, onde sempre fez vingar a qualidade de seus trabalhos, angariando diversa premiação que margeiam o seu longo currículo, estando ao longo de sua existência sempre ligada ao movimento organizado de teatro do Estado de Pernambuco e nacional atuando junto a FETEAPE – Federação de Teatro de Pernambuco, CONFENATA – Confederação Nacional de Teatro, e a SOTEAR – Sociedade Teatral de Arcoverde, hoje extinta. Com a prematura “passagem” do seu mentor intelectual e artístico, Geraldo Barros, a ação definha e a saída de alguns dos seus componentes compromete a produção que então vacila. No entanto, alguns persistem.
A Trupe do Balacobaco surge em 2002 do desejo de alguns remanescentes da Troupernas de Pau e Teatro, grupo criado em 1999, com integrantes de diversos grupos, atores isolados e pessoas destinadas a cumprir o projeto de montagem do espetáculo Quadrilha – Um romance sertanejo, que brilhou nos festejos juninos de várias cidades do interior do estado, passando posteriormente a ser convidado para festivais de teatro, inclusive em outros estados como Minas Gerais, Paraíba e Alagoas. Sucesso que ainda é explorado em diversas cidades da região tendo instigado o surgimento de vários núcleos de experimentação teatral e das danças sobre pernas de pau. Desarticulada essa ação, os já citados remanescentes decidiram continuar as atividades teatrais, e durante cinco anos atuaram em pesquisas, formação, montagem de pequenas peças e esquetes, nos Ciclos de Leituras Dramatizadas promovidos pelo SESC e, sobretudo, participando de todas as oficinas realizadas na cidade através do Circuito Pernambucano de Teatro ou trazidas pelo Palco Giratório/SESC.
Urgia uma ação mais contundente e foi pela união desses dois blocos de resistência que surgiu em 2007 a TROPA DO BALACO BACO – EQUIPE TEATRAL DE ARCOVERDE, que com o retorno à cidade do Diretor e Autor Teatral, Romualdo Freitas, lança-se à produção e garimpa financiamentos oficiais para a montagem de sua primeira arrojada produção, A PAIXÃO E A SINA DE MATEUS E CATIRINA, que após cumprir com sucesso a temporada e circulação de estréia e conquistar alguns prêmios, deixa espaço para a pesquisa do próximo espetáculo O ESPELHO DA LUA, também de Romualdo Freitas.