QUADRILHA – Um Romance Sertanejo, é uma trama casamenteira que, preservando as tradições orais dos casamentos de matutos juninos traz à cena o desespero de Quitéria, uma balzaquiana desprovida de beleza que apesar de rica não encontra um homem para casar. Por outro lado, o jovem Zé Bebelo entregue a vaidade e a boa vida, anda enlouquecendo seu pai,Sinfrônio, por não quere saber de casamento. O romance se desenrola quando num acordo de interesses comuns, entre Sinfrônio e o Coronel Fulorildo, pai de Quitéria “arranjam”o matrimonio dos dois. Para isso contam com a ajuda do cupido, que descendo do Olimpo faz com que Zé Bebelo se apaixone por Quitéria. Mas nem tudo transcorre bem, pois o casal cai na boca do povo e num desfile de personagens típicos, surgem: Fofoqueiras, Beatas, Cangaceiros, e Mulher Dama, até que ao final com as glorias de São João é celebrado o matrimônio, seguido pelo tradicional festejo animado pela dança da quadrilha.
ENTREVISTA
Entrevista com o Figurinista e Maquiador do Espetáculo Quadrilha um Romance Sertanejo Ney Mendes que também é ator do espetáculo.
Ney como foi para você fazer o figurino e a maquiagem de Quadrilha o terceiro espetáculo do grupo e que também é um espetáculo feito para rua, você sentiu dificuldades? (Ney Mendes é do Grupo Mandalá de Teatro da cidade de Arcoverde e foi convidado a participar do Quadrilha e hoje faz parte da TROPA)
Quando entrei na Tropa do Balaco Baco, pra fazer quadrilha inicialmente, já me propus a fazer os desenhos do figurino e também desenvolver uma proposta de maquiagem, pois me senti apto a fazê-los e gostaria de contribuir também de forma mais direta com a construção desse novo espetáculo.
O Quadrilha já teve duas montagens em Arcoverde e você participou de uma, como foi fazer mas uma vez e esquecer das imagens dos outros?
De ante mão, tive a preocupação de não me influenciar com as imagens das outras montagens, uma vez que quadrilha já foi montado duas vezes procurei me basear na montagem atual e nas proposições que ela vinha trazendo, e assim pude desenvolver um projeto onde busquei destacar as diferentes classes sociais que são trabalhados no espetáculo, utilizando-me das mais diversas cores e texturas para trazer leveza e movimento para o espetáculo.
Como foi seu processo de criação você se inspirou em algo ou quais foram suas referencias?
Minha proposta era trazer um pouco de ludicidade para a cena, para tanto me inspirei nos desenhos animados, assim exagerando nas formas e tamanhos, interferindo inclusive no formato do corpo dos personagens, propondo ombros largos, barrigas grandes, bustos salientes... Na busca da irreverência, apostando que tudo isso ajudaria no objetivo final: proporcionar alegria ao público.
